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Quando a noite chega e a lua está a iluminar,
fecho os olhos e vejo o azul do mar...
os peixes nadam livres e nada os perturba
Tudo é calmo e silencioso
A areia amarela e umas grandes rochas
fazem parte dessa paisagem também,
um vento quente faz a areia andar
e não se ouve nada nem ninguém,
a não ser o flutuar do mar!
Acordo com o sol da manhã,
a minha paisagem muda por completo...
O mar calmo torna-se agitado
os ventos quentes já não levam a areia,
pois esta com as pisadelas que já levou
fica compactada e assim toda a gente a parou...
Se as paisagens são para sonhar...
Porque será que as apagam?
Alguma vez iremos acordar,
destes pesadelos que nos esmagam?
Patrícia Santos, 8ºD
Lá no fundo, numa floresta verdejante, encontram-se mil árvores, encontram-se mil flores, as pedras
Olhei para os montes também verdejantes, vejo o sol com o seu tom alaranjado que nem fogo que faz um maravilhoso contraste com o rosa das nuvens de algodão doce e ainda o azul do céu que me faz lembrar o oceano. Ao longe ouço o riacho a correr, e são estes os sons que fazem parte de uma paisagem que tem mil sons e mil cores.
Se antes me sentia triste e desamparada, agora sinto-me forte e corajosa. De repente ouço os uivos de uma alcateia, não reparei quanto tempo lá fiquei sentada naquelas pedras a olhar, a ouvir e a pensar. Já era noite, noite de lua cheia, mas eu não tinha medo pois o brilho das estrelas no céu agora escuro voltara confortar-me. Eles vêm na minha direcção, consigo ver os seus olhos brilharem na escuridão e o seu vulto negro com o branco do luar, voltaram a uivar, vieram ter comigo e agora estão aqui deitados ao meu lado a olhar, a ouvir e a cheirar, ver as mil cores que há para olhar, os mil sons que há para ouvir e os mil cheiros que há para cheirar.
Sinto-me tão forte quanto eles. Sinto-me tão medrosa quanto eles. Agora aqui estou eu numa vida calma que me faz sentir alguém e sinto-me medrosa quando vem o homem e destrói aquilo que olhei, que ouvi e que senti.
Patrícia Carneiro, 8ºD
Há horas que estou a viajar…por cada lugar que passo dá-me vontade de vomitar, é tudo tão cinzento, tão mal cheiroso!!!!
Agora não, estou calmamente a acampar num pinhal, o lugar onde queria ficar…é verde e colorido, é um lugar mágico! Vejo tudo tão bonito, uma coisa nunca antes vista, completamente diferente de tudo o que eu já imaginei! Vi animais de todos os tamanhos, cores e feitios! Este lugar cheira bem, cheira a tudo o que é natural, sem nenhuma intervenção humana. É tudo tão limpo! Parece que este lugar é respirável, e talvez não pareça, mas seja!!! Os meus pulmões saltitam e libertam os maus ares que neles se prenderam.
Finalmente o céu…Imaginem…azul claro sem nenhuma nuvem e com o sol mais bonito que alguma vez se viu e pode apreciar!
Inês Xarês, 8º D
Há muito muito tempos, mais propriamente há cinco anos, conheceram-se o Max, o Gaspar, a Branquinha e a Didi.
Eles eram quatro cães bebés que brincavam sempre juntos até que um dia o Gaspar desapareceu e os outros ficaram muito tristes.
Hoje eles já são adultos, e já pensam em namorar, mas há um problema. A Branquinha e a Didi gostam do Max, o que faz com que as duas fiquem chateadas e comecem a lutar entre si. Mas, apareceu o Max e elas pararam. Foi então que eles perceberam que não era a lutar que conquistavam o Max e começaram a agradá-lo e a dar-lhe presentes.
Três dias depois, o Max apareceu com uma cadela e elas perguntaram quem era e ele respondeu que era a sua namorada.
E viveram felizes, pelo menos até hoje.
Moral da história…
Edgar, 8ºD
No luar…encontro-me
Na janela do luar eu vejo o que encontrei:
Algo…ou nada?
O que sou afinal?
Sou um produto de mim próprio, ou de meus pais?
Talvez de Deus…
Na janela do luar, a clarividência junta-se à simplicidade
Dos factos:
A única lua da noite
Figura no luar.
No entanto, é na escuridão que o sonho se une ao real
Que eu me uno a mim próprio,
Mas se não houvesse a janela do luar…
Perdia-me no pensamento…e em mim próprio talvez.
Percebes agora a importância da janela do luar?
Diogo Silva, 8ºA
.
Da janela do luar
Vê-se o prateado luar,
Bem alto, no horizonte,
Vindo da lua cheia
Reflectindo-se nas lágrimas,
Iluminando o meu rosto,
Triste de despedida…
Gilberto Silva, 8ºA
À janela do luar
Eu deito fora,
Todo o rancor,
Que me devora.
À janela do luar,
Eu ali estava
Para ver o meu amado
Ainda improvisado.
À janela do luar,
Eu vejo o amor
Vejo a paixão,
Que arde de amor,
No meu coração.
À janela do luar,
O meu amor por ti cresceu
E foi na janela do luar,
Que este amor morreu…
Vanessa Lemos, 8ºA
Uma paisagem
Que não é igual às outras
Pois nesta paisagem
Não habitam pessoas
Mas quando saí de casa,
A vista estava agreste
Pois o céu estava cinzento
Com as nuvens que o reveste.
Meus olhos ficaram em lágrimas
Pois a vista estava estragada
Alterada com a tempestade
Que não veio fazer nada.
Voltei para casa
Com horror àquela paisagem
Pois não havia nada tão feio
Como aquela negra imagem.
Quando voltei a ver a paisagem,
Esta estava diferente
O negro estava verde
O que agradava a toda a gente.
Este poema é uma recordação
Passado de há muito tempo,
Ficou sempre no meu coração,
Como o meu pior momento.
Beatriz, 8ºD
LIBERDADE: É aquilo que nós devemos ter por direito, mas temos de a conquistar ao longo da vida.
É poder sonhar livremente, poder amar.
O que alcançamos muitas vezes é apenas uma pequena ilusão de liberdade. Ninguém nasce livre, é nos ensinada a liberdade. Ninguém nasce escravo, é nos ensinado a viver sem ela…
Vanessa Ramos, 8ºC
Mariana Guerra, 8º C
Foi na janela do luar,
Que eu te vi passar
Numa noite ao pensar
Que estava a sonhar.
Queria acreditar,
No meu olhar
Mas era impossível
Ver-te naquele lugar.
Tânia Serra, 8ºC, nº19
Tudo…
É aquilo que nos rodeia,
Aquilo que nos compõe,
Aquilo que somos!
Nada…
Nada está contra nós,
Nada é como pensamos ser,
Nada é completamente desfeito em pós,
Nada é completo como um puzzle!!!
As coisas são tudo e nada
Porque durante a vida
As coisas acabam
Por não terem valor
Nem nós lhes damos tal!!!!!
Inês Xarês, 8ºD
Janela… O que se vê de uma janela? À primeira vista pode se ver tudo, mas vamos por fases! Numa cidade, da janela vemos prédios, carros, e pessoas. Se formos para o campo vemos a lua, as estrelas e a natureza.
A nossa história situa-se numa casa degradada que está no meio do campo onde existe uma janela. A casa é feita de pedra, deve ter uns cem anos, o chão é feito de terra batida, nos cantos das paredes há teias de aranha desfeitas, ao centro está uma mesa, cujos pés estão comidos pelo caruncho, à direita um móvel já perro com uma lamparina em cima, ao lado do mesmo está uma aduela sem porta, nesta divisão há apenas um baú com algumas peças de roupa, aqui só habitam ratos.
Uma noite um jovem tivera a coragem de entrar naquela casa. Ao entrar viu que a casa era muito e como estava disposto a explora-la, pegou na lamparina, que se encontrava em cima do móvel, com dificuldade acendeu-a e reparou que esta tinha pouco petróleo. Quando se vira vê o baú, abre-o e encontra umas roupas velhas roídas pelos ratos, neste momento a lamparina apaga-se. Ao assustar-se dá uns passos para trás e toca na parede, as teias colam-se ao seu corpo, os seus ouvidos ouvem o barulho dos ratos, o pânico invade o eu corpo, mas repara numa janela. Dela vê-se a lua e ela acalma-o, adormecendo-o profundamente…
A noite passou e o jovem não apareceu em casa, os pais preocupados ligaram à polícia para irem à procura dele. Quando estes o procuravam, passaram pela casa degradada e viram-no no parapeito da janela.
A partir daí aquela janela transformou-se numa lenda por ter salvo o jovem do pânico.
Patrícia Simões, 8ºc
Vanessa Ramos, 8ºc
Na janela do luar,
com as estrelas a brilhar
e o puro ar,
estava a lua a flutuar
Na janela do luar
com as estrelas a brilhar
a lua chamava por mim,
mas pela janela era impossível passar...
estava tão iluminada,
que parecia rebentar naquela escuridão sem fim!
Encontrei na janela do luar
uma estrela a sonhar,
parecia estar a desesperar ou,
estaria eu a sonhar?
ao certo não sei,
mas ela estava a cantar
num tom de encantar
Quando o sol se põe
e a lua renasce,
na janela do luar
há uma estrela que nasce!
Na janela do luar
estava eu a pensar
nesta vida de desesperar
onde tudo se quer matar
Afinal, se o amor vence tudo
porque é que nesta vida
só se pode sonhar?
Patrícia Santos, 8ºD
Sonhar, sonhar…
E depois acordar
Acabar por despertar
Para a terrível realidade.
Os sonhos mudam
Conforme a idade
Tal como a responsabilidade!
Sonhos sonhados
Já mais se repetirão
Em tempos passados,
No futuro serão em vão!
Sonhar sonhos
Imaginar personagens
Novas imagens
Grandes pesadelos
Estes nunca esquecidos
Que metem medo
Às pequenas crianças
Que se agarram às tranças!
Inês Xarês, 8ºD
À janela do luar
Nem todos sabem amar
É como se fosse um barco
Que nem todos conseguem remar.
À janela do luar,
Com lágrimas de dor,
Um beijo te quero dar
Para não sofrer de dor.
À janela do luar
Transmites-me o teu amor
Através do teu calor!
Ana Félix, 8.ºD
Abri os olhos e vi,
Um prado imenso só pra mim,
Mas havia algo que faltava,
Sem que o soubesse explicar,
O meu olhar o verde fintava.
Fechei de novo os olhos,
Pairou sobre mim um chamamento,
Fiquei imóvel e fria,
Quando percebi do que se tratava,
Senti que por dentro morria.
Madalena, 8ºD
Lá estava ela ao luar da sua janela que dava para o mar. Mas sentia falta de algo, sentia-se vazia, sozinha. Talvez porque ele não estava ali. Mas como podia ela preencher aquele vazio? Se eles não se conheciam, apesar de andarem na mesma escola e de os seus olhares se cruzarem todos os dias, eles não se conheciam.
Tudo o que ela queria era conhecê-lo, beijá-lo, mas ela achava que ele não sentia o mesmo, que ele apenas olhava para ela para ver se ela estava a olhar para ele.
Mas ele compartilhava os sentimentos dela, e das mesmas dúvidas. Ambos só tinham a certeza que se tinham apaixonado á primeira vista.
Uma noite lá estava ela á janela do luar, a contemplar o mar, quando de repente apareceu ele. Declararam-se um ao outro, ambos de olhos nos olhos, então beijaram-se…
Mas o que é afinal a coragem?
Será ela a incapacidade de lidar com as situações?
Ou o medo do que possa acontecer?
Talvez seja a consequência de pensar demasiado.
Por isso, o melhor é não pensar,
E atirarmo-nos de cabeça, enfrentar o que nos espera,
Deixarmo-nos levar pelo que possa acontecer.
Pensar é mesmo o que “derruba” a coragem.
Madalena, 8ºD
À janela do luar
Está o meu coração,
À espera de quem o saiba amar
E de uma grande paixão.
Lá estou eu,
Esperando um amor
Que me leve ao céu
E me dê calor.
Na janela do luar
Olho as estrelas
Que estão a brilhar
Cada vez mais belas.
Na pequena janela
Eu irei adormecer,
Como a Cinderela,
Até ao amanhecer.
Quando acordei
Lá estavas tu a olhar
Com vontade de me beijar
Para este sonho acabar…
Diana Rosa, 8.ºD
Pergunto…
O que é o amor?
Um sentimento
Que dá muita dor?
Será sofrimento?
Pergunto…
O que é a dor?
Será provocada pelo amor?
O que sentimos quando temos dor?
Amor? Calor?
Pergunto…
O que é sofrimento?
Será relacionado com desalento?
Talvez seja o alimento
Da dor,
Do rancor,
Do amor…
Pergunto…
Será isto um ciclo
Que nunca acaba?
O amor
Conduz-nos à dor?
E a dor ao sofrimento?
Rafaela Pardal, 8.ºD
Descobri agora que da janela do meu quarto vejo uma outra janela. Os aldeões chamam-lhe a janela do luar, vá-se lá saber porquê! É uma das muitas janelas da casa do samurai. Ontem à noite olhei pela janela e pareceu-me ver uma mulher sentada numa cadeira a ler poemas ao filho. Ouvia-a falar de palavras sublimes e de palavras vulgares, de palavras esquecidas e de palavras que temos que esquecer. Ouvia-a dizer que a poesia é o único refúgio das palavras belas, esquecidas pelo homem. E noite após noite ela diz e repete que a poesia é o único refúgio das palavras belas, esquecidas pelo homem. Os aldeões dizem que eu estou doida, visto que o único habitante daquela casa morreu há mais de 100 anos. Se a mulher e o seu filho são reais ou não, se existem ou se já existiram não sei. Só sei que ela lá está, noite após noite, a ler poesia ao filho.
Mariana Guerra, 8ºC
Estava eu a sonhar
Com a lua brilhante
E a noite refrescante
Na janela do luar
Querendo ver as estrelas,
Onde gostava de estar
E poder sempre vê-las
Na janela do luar
Penso na emoção
Quando a lua me chamar
Começo uma canção…
Cláudia Fernandes 8ºD
Arruda, 20 de Setembro de 2005
Querido Bin Ladden,
Como é viver nos esgotos municipais?
Não deve ser fácil com tanta gente a puxar o autoclismo a toda a hora.
Deves precisar de ter o guarda-chuva sempre à mão.
E como estão os ratos? Ontem atropelei um.
Daqui a uma semana vou aí ver-te.
Deixa a tampa do esgoto aberta para o carteiro não se enganar.
Um grande abraço do teu amigo
Miguel Pires - 8ºD
P.S. – Controla aí as bombas.
Carta de Hans para o Pai
Cidade do Porto, 18 de
Novembro de 1978
Meu pai,
estimo que esta minha carta o vá encontrar bem de saúde junto da mãe que eu estou bem.
Quero-lhe dizer que já deixei as brisas e as tempestades das ondas do mar. Abandonei a vida de navegador e sou agora um homem estabelecido, terra firme.
Tornei-me sócio do Sr. Hoyle e trato de todos os assuntos relacionados com a armada e os negócios do vinho: verifico a ordem dos armazéns, o bom estado dos navios, a competência das equipagens, controlo as cargas e descargas, discuto os negócios e os contratos. Quase já nem tenho tempo para viajar.
Como vê, pai, a vida é feita de encontros e desencontros e ninguém pode lutar contra o seu destino.
Eu, que quebrei todos os limites para ser um lobo-do-mar, tornei-me num homem preso á terra e aos negócios.
Peço-lhe mais uma vez, desculpa por ter seguido os meus sonhos e não a sua vontade.
Suplico-lhe que me aceite como seu filho e me receba em Vig.
Aguardando ansiosamente a sua resposta, despeço-me enviando-vos um saudoso abraço.
Ainda não estou acabado,
Não me dou por derrotado.
Faço o trabalho “lixado”
E nem sou recompensado.
Já nem digo um ordenado
Ou ser bem remunerado.
Só quero morrer…
Deixar para trás o trabalho pesado
A que estou habituado.
...
Parece que está terminado,
Finalmente está fechado.
E...
Se o trabalho fosse droga
Eu era “ganda” drogado,
É um vício
Pelo qual sou viciado.
Ao fim do dia...
Fechei a loja, olhei para cima
E disse obrigado...
Estou-me a queixar
Mas eu gosto de trabalhar,
Só que assim é exagerado!
Estás avisado,
Tem muito cuidado!!
Miguel Pires, 8ºD
Acto único
Sala de restaurante, adornada com uma pintura da zona Ribeirinha do Porto, contendo os barcos rebelos. Mesa posta, com bolo de noiva. Há vários convidados, à volta da mesa, como figurantes, além das personagens principais e secundárias.
CENA I
PERSONAGENS: Brás Ferreira e General Lemos
Brás Ferreira - Ainda não sei como é que eu deixei isto chegar até aqui!
General Lemos - Deixe lá ! São águas passadas, o rapaz até é bom moço!
Brás Ferreira - Não sei, não me parece. Com tantas mentiras que me pregou…
General Lemos - Pense comigo, se ele não gostasse tanto dela, da sua filha, não iria de certeza mentir-lhe ! Ele queria impressioná-lo.
Brás Ferreira - Bem, é verdade. Mas só desse ponto de vista!...
General Lemos - Está a ver como eu tenho razão. O Duarte vai ser um bom genro e irá fazer muito feliz a sua filha!
Brás Ferreira - A ver vamos…
CENA II
PERSONAGENS: José Félix e Joaquina
José Félix - Minha querida Amália, sol da minha vida! Ai como eu estou feliz!!
Joaquina - Lá vens tu com a poesia…
José Félix - Estás a duvidar dos meus sentimentos Joaquina. Olha que me sinto ofendido. O meu amor por ti é infinito, amar-te-ei até aos fins dos meus dias!!
Joaquina - Não me faças rir. Mas, pronto, se é isso que sentes por mim…
José Félix - ( pedindo aos convidados silêncio) Meus caros senhores e senhoras, gostava que tomassem muita atenção ao que se vai passar agora.
Querida Joaquina (ajoelhando-se à sua frente e abrindo uma caixa com um anel de noivado), queres casar comigo?
Joaquina - José Félix, há séculos que queria ouvir isso! (sorrindo)
José Félix - Quis fazer-te esta surpresa no casamento da Amália e Duarte. Mas, afinal aceitas ou não?
Joaquina - Sim aceito, claro. Já que tivemos tanto trabalho para conseguir o bendito dote!...
CENA III
PERSONAGENS: Amália e Duarte
Duarte - Bem, parece que os pombinhos vão mesmo casar às custas do dote que o teu pai lhes deu.
Amália - É verdade. Até fazem um bonito casal. Vão ser muito felizes, espero eu.
Duarte - Eu também espero que sim!
Amália - A nossa festa está a ser animada, os convidados estão a gostar!
Duarte - Pois estão, mas falta uma coisa…
Amália - O quê, querido?
Duarte - Já vais ver…( pedindo para porem uma música para ele e a sua noiva dançarem) Dá a honra, ao seu marido de dançar com ele esta música?..(beijando a mão de Amália durante algum tempo…)
Amália - Sim claro. Mas vais ter de me largar a mão para eu poder dançar…
Duarte - Desculpa-me, é que o criado não me deu o guardanapo…
Amália - Ó Duarte, tu tens sempre que fazer das tuas.
Duarte - Eu estava a brincar contigo, tu tens uma mão tão suave…
Amália - Não desvies a conversa, vamos ou não dançar?...
Duarte – Sim claro, minha querida mulherzinha!
( Ouve-se a música e eles começam a dançar. Cai o pano e termina a peça.)
Maria Angela - 8ºA
Estranho…
É ver o que não vemos,
Gostar do que não queremos,
Não olhar para o que somos,
Olhar ao que fazemos.
Estranho…
É não olharmos à nossa volta…
Não vermos o que destruímos…
Não vermos o que somos…
Estranhos nascemos…
Estranhos vivemos…
Estranhos morremos.
Estranho…
É olhar o passado e ver o futuro.
Ou olhar o futuro e ver o presente.
Olhar o presente e não ver nada…
Mas eu…não sou apenas um estranho!
Sou eu!
Sou aquele que fala dos estranhos!
Que trata dos assuntos desconhecidos, estranhos…
Mas o resto…são estranhos!
Talvez todos o sejamos…!
Estranho…?! Talvez não…
Diogo Silva – 8ºA
Tu foges
De mim como a areia
Foge das maos
Fugidia, escorregadia
Suave, macia
Mas vou-te apanhar
Um dia...
Quando passo por ti
Passas mais depressa
Que um relampago
Puf!
Eclipsaste-te...
Nem tenho tempo
De ver os teus
Belos, deliciosos
Olhos cor de chocolate
Quando e que paras
De eclipsar-te?
Se me deixasses
Podia ajudar-te...
Neuza Machado – 8ºC
Pergunto o que faço
Questiono o que digo
Mas sei que quando dou um passo,
O que faço faz sentido!
O mundo é uma questão,
Não sei por que caminho vou
Alguém me pode dar a mão?
Pois não sei onde estou…
Estava uma grande neblina,
E imensa escuridão
Vi algo gigante ao longe
Mas era apenas um falcão!
Onde estou? Quem sou?
Fica em suspenso a questão…
Diogo Vaz – 8º D
Ao longo de um texto,
Vivia uma vírgula...
Indeciso era o seu jeito
De juntar-se às palavras
A criar o seu efeito.
Então, mudou de lugar,
Rodeou os vários sentidos,
Rodeou …
Alterou o tamanho das orações.
Não conseguia fixar-se!
Tentou ainda mais uma vez
E parou a lamentar-se:
-De toda a pontuação,
Eu sou e serei sempre apenas,
Uma simples pausa breve.
Melhor fosse eu travessão
A não ser um ponto de interrogação…
Variou, então a frase criada, (Acabar com a vírgula, não é ela fundamental!)
Introduzindo alteração de sentido.
Retomou o seu lugar devido,
Gozando da sua mobilidade.
Uma vez a frase alterada.
Logo surgiu a verdade final:
Acabar com a vírgula não, é ela fundamental!
Ângela Silva –8ºA
Num sopro…
O tempo me levou a felicidade
O diabo me tentou pela cobra
A vida me atraiçoou
E eu fiquei só…
Manhãs claras viriam
Mas não brevemente
Verão sem Inverno
Frio sem calor,
Dia sem noite,
Sementeira sem colheita,
Num sopro esvaiu-se tudo
Apenas o nevoeiro ficou
E peças do puzzle da memória
Querendo atraiçoar-me também.
Eu,
Tu,
Sentados à beira do muro avistando a paisagem…
A tristeza de outrora, essa ficou…
Mas apenas ela e a paisagem.
( 4 de Maio de 2006)
Diogo Silva ( David Morgado)
Hoje resolvi inaugurar um novo capítulo neste meu blog.
Por ser o mais antigo, aquele que corresponde à minha iniciação, queria mantê-lo, embora com um novo olhar.
Seguindo o lema da minha escola, e de certa forma o meu também, mantenho os olhos postos no futuro. E uma parte desse futuro está aqui. Através da utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, pretendo continuar a motivar os meus alunos para a escrita e leitura. E porque não divulgar a todos aquilo que de melhor se escreve na escola??
A minha pátria também é a língua portuguesa, mas os meus alunos são o meu mundo...
Para vós, o meu projecto continua a crescer!!
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. dor
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